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Fisiologia e Comportamento

11 de março de 2009

Nas aulas de Fisiologia e Comportamento, para alunos do 8º ao 2º ano do Ensino Médio, elaboramos uma proposta de trabalho fundamentada na teoria do psicanalista francês Jacques Lacan, privilegiando três momentos distintos: o instante de olhar, o tempo para compreender e o momento de concluir.

Instante do Olhar

Neste primeiro trimestre, objetivamos levantar a demanda dos próprios jovens. Para isso aconteceu um bate-papo bem descontraído para que todos pudessem revelar os assuntos que mais interessem.

Após uma sondagem, em um planejamento participativo, estabelecemos três temas centrais: Drogas, Sexualidade, Esportes Extremos. Desses temas centrais saem temas periféricos, mas igualmente importantes para formação de valores.

Clique nas figuras abaixo e veja os gráficos mostrando quais foram os temas de maior interesse para os alunos das turmas de 8º ano e 9º ano.
   

Drogas – Foi o tema de maior interesse dos alunos e será trabalho nas próximas aulas.

O aparecimento da grande maioria das doenças é determinado por um tripé: predisposição genética, influência ambiental e estado psicoemocional do indivíduo.

O principal enfoque da prevenção de doenças hoje é a promoção da saúde. Ao invés de apenas enfocar o que não devemos fazer (evitar fatores de risco) é mais importante salientar o que deve ser feito ( promover fatores protetores) para preservarmos nossa saúde. Quando falamos de crianças e adolescentes não basta preservar a saúde, é preciso promover condições para seu amplo crescimento e desenvolvimento.

A maioria das pessoas está consciente dos problemas econômicos e de saúde que estão associados ao uso de drogas. Contudo muitas delas desconhecem os verdadeiros efeitos e como eles ocorrem. Este tema vem sendo debatido com as turmas a partir do conhecimento que possuem.

PALAVRA DO PROFESSOR

11 de março de 2009

trindade

Roberto Trindade – Coordenador do Núcleo de Educação Física e Esportes do Colégio Friburgo

Diálogos com adolescentes

“A adolescência é um período onde temos oportunidade de viver a melhor fase de nossa vida, de fazer escolhas para o futuro, de experimentar coisas novas”.   Aluno do 1° ano do Ensino Médio do Friburgo

Como não amar os adolescentes? Eles são o resultado direto de nossas condutas, são nossos prolongamentos.

“O adolescente deve ser educado pelos adultos que visam tais pretensões de forma que o entendam e o aceitem como ator principal do espetáculo de seu desenvolvimento.”  Saito

Meu convite a todos aqui é para um simples esforço em entender e aceitar a adolescência e não simplesmente combatê-la. Para ajudá-los precisamos estimular continuamente a sua vontade, a sua iniciativa, a sua capacidade de interferir ativa e construtivamente no seu contexto sociocultural. Educar adolescentes significa vê-los, ouvi-los, senti-los e apoiá-los.

Automaticamente eles se proverão do máximo desejo, motivados a levar seus planos pessoais à frente, capacitados em aceitar serenamente seus sucessos sem se superestimar e em receber seus fracassos sem ímpetos de desistir facilmente. Serão assim autorrealizados, autoestimados e felizes.

Há nessa fase a necessidade de um novo reconhecimento de si, que é possibilitado a partir do laço realizado na amizade, no grupo. Daí a busca de um engajamento num grupo de amigos que compartilham de estilos próprios, esses determinados em um contexto sócio-histórico-cultural.

Destacamos uma colocação de Dolto (2004) que nos aponta para a validade de práticas profissionais comprometidas com o sujeito e seu desejo. “Se os adolescentes fossem encorajados pela sociedade a se exprimir, isto os sustentaria na sua evolução”.

Podemos pensar que esse encorajamento é necessário e deve ocorrer bem aí, no nosso dia-a-dia. E não nos é surpresa notar que, por trás da aparente malandragem adolescente há sempre uma demanda de ser.